Empreendedorismo em TI no dia do amigo

Boa noite pessoal,

obrigado pela movimentação por aqui nesta terça. Tenho muita vontade de ser mais regular e postar mais cedo, porém a regularidade continua sendo toda terça, antes da meia noite. Caso queira receber os posts assim que eles saem do forno, podem usar o google reader ou outro leitor e adicionar o toda terça na lista do seus feeds rss. Você pode se inscrever por e-mail e assim receber um e-mail assim que o post sair. Obrigado pelas visitas que tem crescido a cada mês. Claro que sua visita no blog diretamente é bem vinda sempre.

Introdução

Hoje eu queria falar da parte empreendedora de TI, mas com um sentido diferente voltado para o lado pessoal de cada um. Imagino que você tenha estudado em uma escola boa ou no mínimo razoável, que sempre tinha ao menos um professor herói que conseguia passar a matéria, entreter e manter-se motivado e motivar. Minha escola foi boa na minha opinião, mas acho que falta nas escolas abordar assuntos que vão além das matérias exigidas. Assuntos como educação financeira, planejamentos, administração do tempo, profissões, mercado, empreendedorismo, política, interação social, entre outros. Assuntos que aprendemos estudando por conta ou por que somos obrigados a vivê-los e aprender na prática.

Hoje eu queria falar da parte empreendedora de TI, mas com um sentido diferente voltado para o lado pessoal de cada um. Imagino que você tenha estudado em uma escola boa ou no mínimo razoável, que sempre tinha ao menos um professor herói que conseguia passar a matéria, entreter e manter-se motivado e motivar. Minha escola foi boa na minha opinião, mas acho que falta nas escolas abordar assuntos que vão além das matérias exigidas. Assuntos como educação financeira, planejamentos, administração do tempo, profissões, mercado, empreendedorismo, política, interação social, entre outros. Assuntos que aprendemos estudando por conta ou por que somos obrigados a vivê-los e aprender na prática.

Na faculdade que fiz tinha um professor muito louco de empreendedorismo. Ainda lembro de muitas coisas que ele falava, e da importância que devemos dar aos detalhes. Acredito como poucos que é possível aprender qualquer coisa, seja em TI ou não, e basta para isso a determinação e a motivação da pessoa.

Voltando ao empreendedorismo, abordo ele na prática de amigos, onde eles usaram do espírito empreendedor para poder solucionar dificuldades e medos pessoais.

História 1

Tive um amigo que chamei para trabalhar comigo há uns anos atrás, e ele estava morrendo de medo, dizendo que não sabia nada, que não ia passar, totalmente inseguro. Falei para ele ir e falar na entrevista que já havia trabalhado com as tecnologias que o serviço exigia. Isso era verdade, pois estávamos desenvolvendo um sistema juntos e tudo que era pedido na vaga estávamos usando. A parte complicada é que ele tinha pouco tempo de experiência, pouco mais de 3 meses não corridos trabalhando 4 horas por dia. Não indico quase ninguém para vagas, é muito difícil, muito mesmo. Já me chamam pra vagas cabeludas e não é todo mundo que posso indicar. Acontece que esse amigo realmente tinha o potencial necessário para a vaga. Não ia ser nada fácil, mas sabia que um dia ele daria conta, e deu mesmo. Hoje é ele que puxa a equipe e resolve grande parte dos problemas dos outros. Está lá há alguns anos, e eu não estou mais por lá. No início, ele não deixava quem conhecia do serviço em paz. Era o dia inteiro perguntando, tirando dúvidas, hesitando em fazer ou não algumas atividades, achando que niguém ia com a cara dele, teimando com algumas coisas e resolvendo um problema ou outro. Eu incentivava meu amigo dizendo para ele fazer, que ia ver depois, que não tinha o que se preocupar se desse errado. Mesmo assim, ele pegou outro para ficar questionando sobre como deveria fazer e perguntando como fazia tal serviço, etc. Perguntava tanto que o outro veio até me falar que não tava mais aguentando. Bom, falei com meu amigo e a partir daí, o trabalho dele fluiu melhor. Ele passou a andar mais sozinho e perguntar menos e depois de um tempo já estava ensinando os novatos.

História 2

Tem uma outra pessoa que trabalhava com TI, na programação de aplicativos. Não trabalhei diretamente com ela, mas acredito que seja bem responsável e detalhista. Ela conseguiu que eu desse um curso para ela e outras pessoas da empresa e agradeço a ela por isso, pois cresci tecnicamente e pessoalmente, pois a experiência de dar aula é algo que gosto e que pretendo melhorar. Bom, ela não sabia nada de inglês, e o material que tinha era todo em inglês. Como requisito na contratação do curso, era necessário que o material fosse em português, e eu traduzi o que tinha e dei o curso. Ela no entanto, continuou sem saber nada, nada mesmo. Ela então decidiu fazer um intercâmbio e aprender de vez. Passou um ano na Inglaterra, e pelo que lembro, ela dizia que era horrível no começo. Chegou em pontos em que os outros da turma dela a ignoravam por não conseguirem se comunicar com ela. Se sentia sozinha no meio de um monte de gente. Depois de uns 2 meses ela já se comunicava bem melhor, e no final do ano de intercâmbio estava conversando muito mais. O inglês é algo que é muito importante de se entender e aprender. A maioria da literatura de TI tem sua origem em inglês, e o mundo inteiro usa o inglês para trocar idéias. É quase que uma questão de sobrevivência nos tempos atuais. As vezes não é necessário no local onde você trabalha e nem exigido, mas acredito que você não irá ficar aí para sempre. Voltando a história dela, ela foi pra cima e decidiu que esse era o jeito dela aprender, e deu certo.

História 3

Uma outra história é de um amigo que veio de uma família humilde, onde na idade de trabalhar o pai dele dava o dinheiro da condução de ida e vinda, para que ele pudesse procurar emprego. Ele pegava o ônibus para o centro, procurava emprego o dia inteiro e voltava para casa a pé, pois o dinheiro da volta ele comprava um cachorro quente, a refeição do dia. Ele começou como digitador e hoje é um ótimo desenvolvedor. Não entrarei nos detalhes da carreira dele pois não conheço tudo, mas ele saiu de um estado onde muitos entram na vida fácil e curta e chegou onde está hoje. Aposto que irá muito mais longe ainda.

Moral das histórias

Todos podemos ser exemplos aos outros, e todos aprendemos com os amigos. Essas histórias são apenas algumas que conheço melhor, mas aprendo e aprendi com todos. Se você não está por aqui, não se preocupe, sempre há espaço para mais um. Dificilmente esqueço daqueles que passaram na minha vida e ficaram no pensamento.

Neste dia do amigo, deixo então a dedicação para todos os amigos que fiz graças a área de TI, e a todos que ainda farei.

Empreenda sempre na sua vida e domine seus medos e dificuldades.

Um abraço e até terça que vem.

Eder

Dia tenso. Semana tensa. Hora extra no caboclo

Ele é médico ou trabalha com TI?

Acho que vocês já ouviram falar que um médico tem que ser casado com um médico, por que a vida de plantões, telefonemas em horas impróprias, imprevistos o tempo todo sempre atrapalham e o parceiro que não leva a mesma vida não se acostuma facilmente.
Acontece que este pensamento só existia até TI aparecer. Tenho médicos na família e sei que não é uma vida simples. Quando não estão trabalhando, estão estudando. Poxa, mas essa não é a vida de TI? As semelhanças são inúmeras, como trabalhar de final de semana, não deixar o servidor (paciente) “morrer”, cuidar da saúde da tecnologia, etc. Levar trabalho para casa já é uma diferença que só tem em TI, quando o profissional “ganha” acesso remoto a empresa e pode resolver o problema de casa. Seria isso uma forma de deixar o funcionário mais livre ou mais preso? Na minha opinião, preso com certeza.
Ouvi uma história de um cara que não aguentava mais trabalhar e disse “ou férias ou morte!”. O superior dele ofereceu meia férias. “Você pode tirar férias, mas fique conectado”. Seria isso férias de verdade? Se ele não reinvindicasse que acessaria uma vez de manhã e outra a tarde para responder e-mails, poderia estar em outra já.
Imprevisto

Marquei um compromisso para hoje de manhã e teria que acordas as 4h da madrugada. Tudo certo, arrumado e to preparado para dormir as 22h de ontem, e me ligam: “Eder, o serviço Xys tá alarmando”, e respondi “Ah! E vocês ligaram pra mais alguém?”; “Sim, mas só você atendeu”. Bom, moro perto, to precisando levantar uma grana e disse “Tá, dou um pulo aí”. Cheguei no serviço que é perto, e cheguei em casa 2h e pouco. Sem chance de acordar as 4h. Incrível como certas coisas “rapidinhas” acabam com a vida da gente.
Até que ponto trabalhar e dedicar-se a empresa é interessante? Essa é uma pergunta que eu não sei responder. Trabalhei em diversas e sempre dediquei-me aos projetos com qualquer responsabilidade atribuída a mim. Sempre fiz hora extra quando precisou e sempre que fui recompensado financeiramente por isso. Ainda assim, perdi bastante da vida social. Como diz a camiseta “mv mysociallife /dev/null”, mandando a vida social para o limbo.
Média 7

Li em um livro “Histórias que podem mudar a sua vida” onde a autora conta histórias da vida dela e dos conselhos da avó. Achei um conselho interessante para trazer equilíbrio a vida. Dizia que você deve ser uma pessoa média 7. Em uma chula interpretação, diz que é melhor ser bom com amigos, com a família, com o trabalho, com os estudos do que ter ser ótimo no trabalho e estudos e ruim na família e amigos. Claro que há etapas na vida, em que você terá que dar atenção a um específico, mas você deve sempre lembrar de voltar a ter uma média 7. Um livro que vale a pena por esse e outros conselhos.
Quando comecei a trabalhar como consultor, não havia tempo ruim. Tive destaque na equipe pelos trabalhos realizados. O cliente também elogiou algumas vezes, algo raro em TI. Fazia diversas horas extras, trabalhava finais de semana e sumia do mundo para o trabalho. Até que a empresa começou a passar por tempos de crise e começou a cortar custos, começando pelos recursos. A demanda de trabalho diminuiu bastante e tínhamos poucos projetos. Até que precisaram mandar mais um embora, e o método que estavam utilizando era: duas pessoas eram analisadas entre os gerentes e uma era mandada embora. Mandaram minha ficha e a de uma pessoa parente do gerentão. As diferenças técnicas eram óbvias. Não era interessante nem comercialmente nem tecnicamente mandar eu embora. Advinha quem ficou? Acabou que fui parar na consultoria concorrente, e os poucos projetos que estavam indo para a consultoria anterior foram junto comigo. A pessoa que mandou embora não quis saber se seria interessante para a empresa ter ou não eu ali e fez eu pensar que era a empresa que não dava a mínima para os funcionários, o que na verdade é esta pessoa pensou nos próprios interesses e não nos da empresa, o que simplificou na hora de escolher. Lembrei que as empresas são formadas por pessoas e elas são responsáveis por tomar atitudes que possam melhorar o ambiente como um todo ou fazem escolhas em benefício próprio.
Depois deste fato, parei para poder analisar. Eu já estava há 5 anos sem férias e ficando doidão. Eu me dei 3 meses de férias para pensar no contexto geral. Sei que infelizmente muitos não podem se dar este “luxo”, mas vale muito a pena. Pude equilibrar melhor minha vida e meus objetivos. Perdi dinheiro mas ganhei muito auto conhecimento. Desde então dedico-me ao trabalho o que acho que não vai comprometer outras áreas da minha vida. Não deixei de dedicar-me aos projetos e nem de fazer hora extra, mas deixei de falar “sim” sempre para o trabalho.
Trabalhe com prudência

Trabalhar e ter dinheiro é muito bom. Poder comprar o que você busca também, mas não é tudo. Dinheiro traz felicidade com certeza, mas desde que venha acompanhado de fatores importantes como família, saúde e amigos. E sou grato por poder aproveitar desta maneira. Saindo do trabalho, a chavinha é desligada e abre espaço para todo o resto, para a vida. Uma escolha financeiramente boa pode não ser a melhor escolha para todos os outros campos, por isso pese todos os fatores antes de aceitar se vender. Só trabalho também não sustenta. Como eu ouvi uma vez, se quer trabalhar de graça, abra uma ONG.
Bom galera é isso. Um alerta básico a favor da vida sã.
Com o tempo curto, o post vale para mim também.
Um abraço e até Terça que vem.
Eder

Histórias do mundo de TI

Atividades do blog

Olá pessoal, bem vindo de volta ou bem vindo simplesmente. Quero falar que o blog começou com um artigo voltado para o técnico e foi tomando uma direção para o mundo TI corporativo, seja pela inspiração do momento, do público que tem comparecido ou pela falta deste tipo de abordagem menos técnica. Se houver algum assunto, é só pedir.

O assunto que fez mais sucesso neste mês foi o post sobre a contratação em TI, que recebe visitas todos os dias. Parece que tem muita gente preocupada em como vai pagar e em como vai receber.

Comemorações

Esta Terça é a quarta seguida, fechando o mês. Parabéns pra gente que faz o post, leitores e blogueiro. É mais corrido do que esperava, mas vale a pena.

Também hoje é aniversário da minha namorada, o que mudou a publicação para mais cedo, mas ainda na terça feira. Parabéns amor. Continue incentivando-me a escrever. Amo.

Historias do mundo de TI

Hoje o assunto é mais descontraído. Em TI a gente ouve um monte de historia. Lembro de um contador de história muito bom, sempre apreciei quem sabe contar. Segue uma delas

O depurador exemplar

“Eu trabalhava com Cobol há algum tempo e na empresa trabalhávamos cada um em uma mesa, um ao lado do outro. Tinha um senhor que não era muito social, falava pouco e chegava sempre cedo e saia mais tarde. Dava o sangue pela empresa. Com Cobol, é normal listar os programas (imprimir) e analisar linha a linha no papel e esse processo exige muita concentração. Aconteceu que esse senhor começou a analisar o programa na segunda feira. Passou Terça e o cara analisando, paradinho, imóvel. Passou Quarta, Quinta, e quando era bem tarde na Sexta e a ultima pessoa estava saindo, foi perguntar se ele iria ficar até muito mais tarde e ele não respondeu. Perguntou de novo e nada. Então ele foi até o senhor e quando o tocou, percebeu que ele já estava morto.” Não sei se e verdade ou mentira, mas não duvido. Essa não é a primeira história bizarra que ouço.

Férias forçadas

Teve uma outra história e essa é confirmada por várias pessoas, também com um senhor. Ele trabalhava no local onde trabalhei por uns 3 anos. O dia a dia era bem corrido e cobrança por todos os lados. O senhor começou a trabalhar e depois de um ou dois meses, parou de vir. Ligaram na casa dele para descobrir que ele estava internado por um infarte e veio a falecer pouco tempo depois. Sinistro. Dizem que foi a correria do trabalho.

Pessoal, quando escrevo senhor, é para não escrever o cara. A idade deve ser entre 30 e 60, façam as contas. =D

Na hora certa

Esta é uma outra história, também contada em um emprego anterior.

Havia um programador muito bom em C, e ele ficou responsável pela rotina de ponto, onde os crachás, ao serem passados pelo relógio de ponto, registravam a hora de entrada, refeição e saída do funcionário. Apesar de ser bom, ele nunca conseguia manter um horário rotineiro, aliás um problema para muitos brasileiros. Bom, o tempo passou e de um certo tempo pra frente, a folha de ponto dele estava perfeita. Todos os dias ele parecia “bater o ponto” corretamente. Não faltava nunca, um exemplo. Você já deve imaginar o que foi feito, mas ninguém nunca percebeu. O tempo passou, e certo dia ele foi mandado embora, por motivos que eu desconheço. O mais engraçado era que mesmo depois de ele ter saído, a folha de ponto dele vinha certinha, todos os meses. O programador apenas usou o conhecimento dele para bater a folha de ponto automaticamente pra ele. Podia chegar duas horas da tarde, que o ponto iria estar sempre certo. Resolveu o problema do horário, mas deve ter ganhado vários outros hehe.

Bom, é isso pessoal.

Comentem, contem sua história, acreditem se quiser… ehhe

Até Terça que vem.

Eder